Pergola House, Cascais


   
27 de janeiro de 2019

   Nesta saga de sair do ninho nem sempre existe tempo para saborear a vida, mas já que iniciámos um novo ano, pensei "É desta que viro o Mundo do avesso!", e assim fiz...
   Para começar, arrisquei marcar hotel num local perto mas desconhecido. Existe coisa melhor do que num impulso de felicidade marcarmos algo que nos faz sair da zona de conforto?
   Bem, arrisquei e adorei! Marquei uma noite numa Guest House em Cascais "Pergola House" e parti à descoberta deste local que sempre fez parte do meu imaginário, vá-se lá saber porquê...
   Coisas que não se explicam... Durante a breve viagem de Lisboa a Cascais, iniciei um processo de relaxamento que precisava à anos e mal cheguei ao local senti isso mesmo.
   Sabem quando entramos num sítio e parece que pertencemos ao local?

   Foi assim que me senti... Entrei no jardim e já senti a felicidade a percorrer-me o corpo, a porta abriu-se e fui recebida como de família se tratasse.

   Durante o check-in, uma Senhora de nome Sofia que para além de fazer jus ao nome de sabedoria, era como se fosse família. 
   Naquela sala verde e com cheiro a infância, criava-se um laço que jamais irei esquecer.
   Passo pela sala, repleta de cheiros e sentimos que me assolam a alma, era como se eu estive em loop na minha infância e isso ainda me fazia sentir mais "em casa".
   Entro no quatro e tudo parecia feito à minha medida, digno de Princesa e mais uma vez lá vem a infância.
   Tiro uns minutos para absorver tudo aquilo e preparo-me para sair...
   Bem, Cascais é simplesmente reconfortante, adorei, fiquei com vontade de lá voltar sempre que seja possível.
Tudo me acalma, o mar, as paisagens, as pessoas, as cores, os cheiros, os sons... 

  Janto o melhor Polvo à Lagareiro que já comi e volto para "casa". É hora de voltar a contemplar todo aquele silêncio numa casa senhorial com tanta história e estórias.

   Sobre estórias (memórias, lendas...), no dia seguinte, antes de ir embora, ao tomar o pequeno almoço, tive a sorte de conhecer mais uma pessoa maravilhosa que fez questão de me enriquecer de memórias e trazer um café feito à moda antiga, de ir ao céu. E antes de partir, conheci a actual proprietária, uma Senhora de nome Patrícia, e levo mais uma injecção de família, tudo parece premeditado para mim, tantas memórias partilhadas, vidas cruzadas que vão ficar para sempre na memória e no meu dia-a-dia.
   Depois de toda esta partilha, vim restabelecida como nunca julguei.
   Sabem porque gosto de "Guest Houses"? Porque são as estórias que as fazem, são as pessoas, é a história, são as memórias e isso enche-me o coração, sinto-me mais parte de algo.

   Até à próxima viagem, talvez pela minha "Guest Houses Route", quem sabe.





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