Empatia do Salto Alto à Sapatilha

Tudo começa contigo, connosco com a sociedade em geral e, é engraçado que o nome post foi criado a pensar exatamente na construção que a sociedade faz e que liga logo a Mulher ao Salto Alto. Pois bem, esta é uma de muitas crenças limitantes que ainda existem.

Somos um núcleo forte em que a força da mente uma vez atingida, conquistamos o mundo!

Uma Mulher bem resolvida é capaz de tudo. Para atingir essa plenitude é necessário que alguns gatilhos sejam apertados. Tudo começa dentro de nós, mas, tudo é influenciado pelo que nos rodeia. Sim um BA BÁ simples… Mas nem sempre fácil.

Autoestima, amor próprio, acreditarmos em nós… temas tão interessantes que se unem pela urgência de entendermos quem realmente somos e como nos comportamos com os outros. Está cientificamente comprovado que somos um animal de hábitos, criamos medos e reproduzimos comportamentos que nos foram ensinados.

Não nascemos com medo, mas, a sociedade leva-nos a criar uns quantos (desde pequenas que ouvimos: “Não mexas na ficha que te pode dar choque e magoas-te”, “Não te portes mal que vem o velho do saco, leva-te e nunca mais te vemos”, e por aí vai…de certeza que teríamos uns quantos exemplos para partilhar.

Anos mais tarde, tudo isto se pode refletir de maneira castradora. Se pensarmos que a formatação começa desde cedo, se observar-mos os momentos em que alguém nos diz, não se comporte assim porque uma menina não se pode comportar dessa maneira ou não sonhe tão alto que a queda é maior, enfim mais uns quantos exemplos aqui e percebemos que o medo surge de todos os lados e, num tempo em que as Mulher passaram um inferno até conquistarem a liberdade que temos hoje devemo-nos o ato heroico de sermos nós próprias.

Digo-vos, acordem com o propósito de se (re)descobrirem. Somos seres magníficos e, acredito que viemos ao mundo para seremos felizes.

A vida é, sem dúvida, um caminho tumultuoso e por isso, cabe-nos a nós encontrar formas de usufruir da viagem.

Antes de chegar à empatia, é necessário refletir sobre cada uma de nós, olhar para dentro de nós e permitirmo-nos a fazer o caminho da cura, pois só assim conseguirmos sentir empatia no seu estado mais puro e colocarmo-nos nos sapatos do outro será mais simples.

 A empatia pode e deve ser cultivada para que tenhamos um mundo melhor e cada um pode dar esse pequeno (grande) contributo!

Criar hábitos saudáveis não chega para que essa cura interior seja realizada. É um caminho duro a fazer, enfrentando os demónios e o nosso lado sombra que muitas vezes não queremos saber que existe. Uma tarefa bem simples que podemos realizar é a nossa Análise SWOT pessoal em que analisamos as nossas Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Dito assim soa demasiado profissional, mas, guess what, a maior empresa de todas é a nossa vida e, se queremos alcançar a felicidade e plenitude temos que fazer por isso. Outras formas seriam escrever cartas para nós enquanto criança que fomos, adultas que somos e futuro que desejamos. Parece simples e simplório mas, acreditem que é meio caminho andando para exorcizar demónios, se a escrita for sincera e sem censura, depois de umas valentes lágrimas a neblina começa a desaparecer.

Devemos ainda, compreender o que nos move, o que nos inspira, saber se esta é a vida que sempre desejámos e se não for, pelo menos fizemos algo para que um dia seja? Ou continuamos a chorar sobre o leite derramado a achar que a conjuntura não ajuda? Quero-vos dar uma novidade, podem começar a mudar HOJE!

E este é o grande mote para falar sobre empatia, pois apenas uma pessoa sincera e consciente sobre si, vai conseguir ser empática de forma gratificante. Empatia não se trata apenas de ouvir o outro e o seu problema. Trata-se de o sentir como se fossemos o outro, auxiliar no que for necessário e possível e, muitas vezes isso mais não é do que uma palavra de alento. Conseguimos isso? Claro que sim, mas então porque é que este é um tema na boca do mundo?

Tal como o Dia da Mulher nos traz questões que ainda hoje temos de debater e, à partida, o Mundo evoluiu… A empatia agora na moda, continua a não existir tanto quanto julgamos.

Por vezes a falta de empatia pode ser associada ao mundo dos negócios, ao salve-se quem puder e a minha Chefe ou a minha colega, gostam é de me fazer sentir assim ou assado. Bom, é um facto que uma Mulher pode ser o que Ela quiser, mas, se não for bem resolvida vai, automaticamente projetar isso no circulo à sua volta e quem paga as favas é esse núcleo.

Ah e se for com um Homem, já, não é assim? Pode até tentar, mas, por norma, os Homens descomplicam e tendem a não dramatizar as situações e isso acaba por não dar palco a quem for de tricas. Aqui as Mulher, ganham espaço, pois, apesar de estudos como o da Universidade de Cambridge onde 46 mil pessoas afirmam que somos mais empáticas não só pela propensão genética, traço de personalidade ou experiências de vida, a verdade é que na prática o cenário tende a ser propício a complicar, criticar e cochichar.

Felizmente que temos excelentes exemplos e a tendência é que estes aumentem, mas, se o interior não estiver bem resolvido leva a que a projeção recai na outra pessoa.

Não é por acaso que muitas vezes ao desabafarmos podem apoiar, mas, a tendência é para dizer aí ela é isto e aquilo, em vez, de ajudarem a fazer uma análise sobre a pessoa. Todas temos um passado e feridas que podem condicionar a forma como nos apresentamos ao mundo e, todas as experiências de vida e a personalidade podem ser moldadas pela negativa e isso leva à projeção dos males no outro.

Num mundo empático, uma funcionária da nossa empresa que teve determinadas atitudes é abordada numa perspetiva de se compreender o que se passa e ajudar dando soluções ou encaminhando o melhor que soubermos em detrimento de a despedirmos ou lhe darmos sermões porque o trabalho está péssimo.

Esta empatia leva-nos à palavra sororidade do latim “irmãs”, complicada na forma, mas simples na aplicação, pois é uma ideia de solidariedade entre mulheres, que se apoiam para conquistar a liberdade e a igualdade que desejam. Respeitando, ouvindo e dando voz umas às outras sem julgamentos. Sendo importante desconstruir a rivalidade que nos foi colocada e dar voz ao sentimento de união.

Claro que ninguém nos obriga a gostar de determinada pessoa, mas, dar o benefício da dúvida não custa, não julgar e ouvir a sua história pode ser tão revelador que, pelo menos, vamos conseguir compreender melhor essa pessoa.

Seremos sempre Chefas da nossa vida. Um Clã sem igual e cabe-nos a nós se queremos ser uma Chefa rabugenta que culpa tudo e todos ou uma Líder que encaminha e serve de luz guia para todos.

Mais do que isso, somos todas um coletivo que move montanhas e temos uma história em comum que nos leva à opressão de género e com algumas práticas diária podemos fortalecer a relação entre todas, como por exemplo: partilhar informações e ensinamentos para que o crescimento possa ser mútuo, respeitar e tratar as outras como gostaria que me tratassem, criar um ambiente seguro onde possa existir uma troca sincera de experiências e desabafos, encorajar e indicar oportunidades para outras mulheres, oferecer ajuda, consumir e indicar trabalhos de outras mulheres.

Por hoje é tudo, este é tema atual que precisa de mais conversas sobre ele e eu ficava aqui até amanhã a escrever, mas, termino com este pensamento:

Daqui a vintes anos, vais estar mais dececionada com as coisas que não fizeste do que com as que fizeste. Por isso, solta as amarras. Navega para longe do porto seguro. Aproveita o vento das tuas velas. Explora. Sonha. Descobre. 

A vida são dois dias, vais querer começar amanhã, quando hoje é o momento?


Deixo-vos uma tarefa (inspirada na Mariana da página My Great Change):

Enviem uma mensagem a uma Mulher que achem incrível e diz-lhe isso mesmo!

ou

Enviem uma mensagem a uma colega, amiga, Mãe, Irmã, à Mulher que quiserem e digam que adoravam que te ensinasse algo (que ela faz e tu nunca tiveram tempo para saber mais).


Permite-te e começa agora!

 

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