Turismo Gastronómico: Uma ponte entre culturas e emoções

Daqui a vintes anos será maior o desapontamento pelas coisas que não realizaste do que pelas que realizaste. Portanto, solta as amarras, navega para longe do teu porto seguro. Saboreia a calma e as tempestades, os temperos e não te demores nos desesperos. Explora. Sonha. Descobre. A vida são dois dias. Aventuras-te?

Algumas pessoas viajam à procura de felicidade, talvez porque a experiência é idêntica a uma vida sem frustrações ou limitações. Concordas? Bem, apesar dessa busca incessante, a viagem é sempre uma forma de descobrir algo ainda que seja um destino que conhecemos desde sempre.

Certo é, que existe algo muito estranho entre aquilo que vemos e os pensamentos que nos surgem, lembrando que grandes cenários, geram novos pensamentos e os novos pensamentos, novos lugares.

E se nos autorizássemos a viajar através da gastronomia? Se os sabores nos autorizassem a prosseguir numa introspecção que o nosso contexto habitual, bloqueia? E a nossa casa não fosse o melhor local para nós? Se o melhor para nos encontrarmos fosse à mesa num lugar desconhecido?

Uma vez li que a mobília às vezes insiste em que não podemos mudar porque ela não muda. O cenário diário mantém-nos presos à pessoa que somos, mas que pode não ser a nossa essência. Sabes... Por vezes um simples movimento, a distância, pode transformar uma viagem num reencontro da nossa essência, trazendo-nos de volta as nossas emoções mais profundas.

Por vezes, muito mais do que a viagem geográfica, é a viagem emocional e o reencontro connosco, a descoberta do que nos aquece verdadeiramente a alma e que temos de trazer na bagagem de regresso a casa.

E nesta bagagem, cabem todas as estórias e memórias do nosso palato, tudo o que os locais nos transmitem, aquilo que as pessoas nos contam.

E se viajássemos através dos sabores e sabores? Fazias as malas?

Fonte: Turistando