Crónicas de Muxagata
Viver entre Lisboa, Coimbra e Muxagata é, para mim, uma dança, muito mais do que uma simples geografia. Talvez, pense esta dinâmica como uma viagem entre mundos que, à primeira vista, parecem incompatíveis, mas que acabam por se entrelaçar na complexa tapeçaria da minha identidade. Coimbra deu-me uma sede insaciável pelo conhecimento, talvez o ar mágico da cidade universitária onde cada esquina guarda uma história, o meu berço ou as saídas com amigos que prolongavam conversas até à madrugada. Lisboa impôs-me o ritmo frenético do quotidiano com a sua pressa constante, a melodia ininterrupta do trânsito e dos passos apressados e os dias que parecem escorrer entre as mãos, sempre com a promessa de respirar cultura nos intervalos. Mas, falemos de outras paragens. Fui reencontrar o grande, ‘MAS’ da minha essência em Muxagata, uma pequena aldeia onde nasceram os meus Avós maternos e onde o tempo parece, por vezes, ter parado para eu poder respirar. Finalmente, encontrei um lugar onde não pre...